Subjetividade + sociedade + singularidade
No mundo contemporâneo, estes três conceitos - Subjetividade, sociedade e singularidade - entrelaçam-se de forma bastante especifica. Mais do que nunca, a subjetivação atravessada pelo laço social fica evidente. Até onde o sujeito é "dono de si"?
Onde termina a fronteira entre Eu e o Outro?
Subjetivar-se é tomar algo para si. Apropriar-se de algo e incorporar isto à
imagem de si próprio.
Cria-se, assim, uma idéia de sujeito. Entretanto, este ser torna-se sujeito de si
justamente pelo contato com o mundo. Com suas idéias, seus conceitos, suas transformações, o mundo "molda" os sujeitos, torna-se um duplo espelho: os homens formam o mundo, que forma novos homens. A circularidade parece não ter fim.
Com o avanço das tecnologias, o fluxo de informações é cada vez maior e mais veloz.
Somos tomados por essa enxurrada de possibilidades de existência. Diversos estilos de vida, varias maneiras de viver, de conviver com o outro, de ser sujeito.
A massificação social passa a ser praxe. E quem não consegue acompanhar os estilos em
evidência, torna-se um estranho. "Há espaço para ser eu mesmo?", pergunta-se o sujeito
contemporâneo. A resposta é: talvez. Tarefa difícil no contexto atual. Entretanto,
pode-se continuar recebendo todos os estímulos vindos da sociedade sem, necessariamente,
entrar no jogo. O processo de singularidade trata-se justamente disto:
apropriar-se para poder criar. Tornar aquilo que o mundo nos oferece em algo
novo, diferente, singular. O modo de vida pode, portanto, ser diferente daquele que as capas
de revista nos ofertam. Uma relação antropofágica de mundo ainda é possível. Engolir o que o mundo nos oferece, prestando atenção àquilo que realmente queremos ou podemos digerir.
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