como controlar esse impulso que me joga sempre na direção de querer mostrar pra ti o quanto sofro?
o quanto choro? o quanto sangro?
a medida de minha existencia é delineada pelo tamanho da dor?
doer é existir?
existir é, enfim, colocar-me à tua disposição para que tu, sim, possa me dizer quem sou.
infeliz desse que chora na busca eterna de um riso perdido,
na lagrima cansada de rolar.
histerico cansado de si mesmo, de nao saber quem é si mesmo,
cansado de buscar em ti o que se perdeu em mim.
me devolve pra mim?
devolve esse restinho de homem que um dia fui.
devolve aquela vontade, mesmo que minima, de continuar a andar.
tuas palavras nao conseguem superar meus pensamentos circulares.
nada do que digas pode, triste isso, ser maior que a minha falta de...
de que mesmo?
nem sei mais o que entreguei a ti.
esses meus pedaços de carne amarrados sao tao bobos quando tentam conversar entre si.
(i.h.)
Maravilhoso...
ResponderExcluirLindo o poema!!
ResponderExcluirO blog está ótimo! Parabéns